A conservação de frutas e hortaliças por meio da refrigeração é o método mais antigo de armazenamento, sendo baseado no fato de que as baixas temperaturas de armazenamento retardam a ação dos fenômenos metabólicos, diminuindo sensivelmente a taxa respiratória, além de proporcionar-lhes metabolismo mais lento, aumentando assim o período de armazenamento e a manutenção da qualidade pós-colheita (CHITARRA e CHITARRA, 2005). 
Também tem-se dado atenção para a ação dos elicitores, que são moléculas responsáveis por provocar uma resposta das plantas e frutas a adversidades, sejam estas através de fatores bióticos como os patógenos, ou fatores abióticos como baixas temperaturas. O ácido salicílico pode ser considerado um elicitor, tem sido demonstrado que este regula grande variedade de processos fisiológicos, também regula o processo de defesa contra patógenos e condições ambientais adversas. Foi descoberto que este induz a termotolerância. Estudos sugerem que o ácido salicílico poderia estar ligado ao estresse oxidativo (WANG e LI, 2006).
Outra técnica que pode ser utilizada para a conservação de frutas é o condicionamento térmico, que consiste em expor as frutas a temperaturas moderadas ou elevadas, por curtos períodos de tempo, antes de refrigerá-los. O uso desta técnica resulta, basicamente, nas seguintes implicações: retardamento no amadurecimento de frutas climatéricas, como é o caso de pêssego, devido à redução na síntese de etileno e na atividade de enzimas que degradam a parede celular, diminuição dos danos causados pelas baixas temperaturas e redução de podridões (KLUGE et al., 2002).
Para garantir o fornecimento de frutas de alta qualidade é de fundamental importância atentar para as análises de controle de qualidade, além da importância de colher frutas no tempo correto de maturação. As avaliações de firmeza, teor de sólidos solúveis, acidez titulável e matéria seca, comumente são realizadas de forma destrutiva limitando o número de amostras e produzindo resíduo. Porém já é possível otimizar este processo através de técnicas não destrutivas baseada em espectroscopia com o uso de equipamentos como Nir case e o DA meter, o primeiro avalia os parâmetros referidos acima e o segundo faz a leitura de um índice de maturação que tem correlação positiva com a clorofila (COSTA et al., 2006; BETEMPS et al., 2011).

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